Ideias

Para reflexão

AS QUATRO NOBRES VERDADES

(ENSINADAS PELO MESTRE GAUTAMA, O BUDDHA)

1ª –    O SOFRIMENTO EXISTE.

Sofre-se ao nascer, ao crescer, ao adoecer e ao morrer. Sofre quem está unido ao que repugna. Sofre quem se vê forçado a separar-se de quem ama. Sofre quem anela o que não pode alcançar.

2ª –    O SOFRIMENTO PROVÉM DO DESEJO.

O mundo objetivo excita a sensação e esta desperta o desejo com ânsia imediata de satisfação. O desejo de viver para satisfazer os desejos da personalidade nos prende nas redes do sofrimento. O prazer sensual é um acontecimento que resulta em dor.

3ª –    O SOFRIMENTO PODE CESSAR.

Quem subjuga a personalidade, livra-se do desejo e da dor.

4ª –    ATRAVÉS DA ÓCTUPLA SENDA CHEGA-SE A ELIMINAÇÃO DO SOFRIMENTO.

Salva-se do sofrimento aquele que submete sua vontade ao dever (dharma). O homem inteligente segue a Óctupla Senda e, assim, cessa de sofrer.

A SENDA ÓCTUPLA

  1. RETA COMPREENSÃO
  2. RETO PROPÓSITO
  3. RETA PALAVRA
  4. RETA CONDUTA
  5. RETOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA
  6. RETO ESFORÇO
  7. RETA ATENÇÃO
  8. RETA MEDITAÇÃO

 

 

 

A ÓCTUPLA SENDA

(Ensinamentos do Mestre Gautama, o Buddha, comentados por Rudolf Steiner)

1ª OPINIÃO CORRETA

O homem obtém conhecimento a respeito do mundo adquirindo uma opinião correta sobre as coisas, uma opinião independente de simpatia e antipatia – procurando, de acordo com suas forças e conforme se lhe apresenta o mundo exterior, obter a opinião correta a respeito das coisas. Isto é o principal – a ‘opinião correta’ a respeito de algo.

2ª JULGAMENTO CORRETO

É necessário tornarmo-nos independentes do que restou das encarnações anteriores, esforçando-nos por julgar apenas de acordo com nossa opinião correta, livres de quaisquer influências. Por conseguinte, o ‘julgamento correto’ é o segundo fator importante.

3ª PALAVRA CORRETA

Esforçarmo-nos, ao comunicar-nos com o mundo, por expressar corretamente o que queremos dizer, o que consideramos e julgamos com acerto; não deixarmos que em nossas palavras se insinue qualquer coisa além de nossa própria opinião, e não somente em nossas palavras, mas também em todas as manifestações do ser humano. Esta é a ‘palavra correta’, de acordo com o Buda.

4ª AÇÃO CORRETA

É necessário nos esforçarmos por não conduzir nossos atos seguindo nossas simpatias ou antipatias, isto é, segundo o que obscuramente agita nosso íntimo como samskara; devemos permitir que se transforme em ato o que compreendemos ser nossa opinião correta, nosso julgamento correto, nossa palavra correta. Trata-se, portanto, da ação correta, da ‘maneira correta de agir’.

5ª LUGAR CORRETO

É necessário ao homem, a fim de libertar-se do que vive nele, conquistar sua posição correta no mundo. O homem deveria conquistar a possibilidade de extrair o melhor da situação em que o colocou o nascimento ou destino: alcançar, portanto, a melhor posição. Quem não se sente satisfeito em sua posição atual tampouco conseguirá extrair dela a força para atuar corretamente no mundo.

6ª HÁBITOS CORRETOS

Esforçarmo-nos por tornar um hábito dentro de nós tudo o que adquirimos por intermédio da opinião correta, do juízo correto, etc. Nascendo no mundo, desenvolvemos determinados hábitos. O homem, contudo, deveria esforçar-se para não conservar os hábitos advindos do samskara, mas apropriar-se dos que aos poucos se lhe tornam próprios a partir da opinião certa, do pensamento certo, da palavra certa e assim por diante.

7ª MEMÓRIA CORRETA

Colocarmos em ordem nossa vida, não esquecendo o ontem quando precisamos agir hoje. Se fôssemos obrigados a aprender sempre de novo todas as habilidades, nunca conseguiríamos realizar coisa alguma. O homem precisa tentar desenvolver uma memória a respeito de todas as coisas de sua existência. Precisa sempre utilizar o que já aprendeu, precisa ligar o presente ao passado.

8ª CONTEMPLAÇÃO CORRETA

A oitava conquista é o que o homem obtém quando não demonstra preferência por esta ou aquela opinião, quando não permite manifestar-se o que lhe restou de encarnações anteriores: quando simplesmente se entrega às coisas, aprofunda-se nelas e deixa que apenas elas lhe falem. Esta é a ‘contemplação correta’.